segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Eu, Ela e Minha Gagueira



Eu, Ela e Minha Gagueira escrito por Edmilson Martins Neto

Ela olhava para mim esperando alguma reação, mas eu estava nervoso e tremendo. Diante daqueles olhos acastanhados eu não conseguia agir normalmente, minhas mãos suavam muito, meu coração batia forte e eu não ousava falar, pois sabia que iria gaguejar. Eu estava perdido, eu a vi franzir a testa, ela estava ficando impaciente.
- Eu... – comecei, apenas isso, pois continuar eu não conseguia.
- Você? – ela me olhou, curiosa.
- E-E-Eu! – gaguejei e depois suspirei, minha chance estava perdida.
Ela riu e ajeitou uma mecha do seu cabelo negro por detrás da orelha.
- Eu tenho que ir. – ela disse olhando para trás, vendo o ônibus escolar na parada. – Amanhã nós nos falamos, tudo bem?
- Não! – eu percebi que tinha aumentado o tom de voz e ela se virou, espantada. – Eu preciso te falar algo...
- Então fala. – ela me olhou, esperando.
- E-E-E-E-E-E... – e não saiu disso.
- Olha, tenta se acalmar. – ela pediu. – Não adianta ficar nervoso, sua gagueira só vai piorar. Respira fundo e se acalma.
Ela segurou minha mão e colocou a outro no meu peito, esperando minha respiração estabilizar. Coisa que não aconteceu, pois ao sentir o calor da mão dela, só consegui ficar mais agitado.
- Você ainda está muito nervoso. – ela me olhou e eu corei muito.
Nunca tinha ficado tão perto dela assim. Ela era um pouco mais baixa que eu e ao levantar a cabeça para me encarar, bem... Não pude evitar! Eu não iria conseguir falar, graças a minha gagueira, então o jeito era agir. Por isso, a beijei.
Eu a beijei com os olhos abertos, sendo assim, pude ver seus olhos arregalados, cheios de surpresa. O beijo não durou muito, ela me afastou, ainda espantada, eu não sei bem o que senti, só sei que consegui expressar meus sentimentos e quando isso aconteceu, pude, enfim, murmurar:
- Eu gosto de você...
- Nunca... – ela me olhou com o rosto rubro e ao mencionar da palavra “nunca”, soube que tinha feito a escolha errada. – Nunca imaginei que você fosse me dizer isso. Quanto mais me beijar. – ela começou a rir do nada.
- Hã? – eu fiquei claramente confuso.
Isso queria dizer que ela tinha gostado?
- Sabe... – ela me encarou e seus olhos cintilavam. – Você nunca conversa ninguém, nunca se relaciona com ninguém e bem... Quando eu te protegia hoje dos garotos da turma que estavam implicando por causa da sua gagueira, eu pensei que você só me agradeceria por isso, não que diria que gostava de mim!
- E... – eu respirei fundo, me acalmando. – E isso é bom?
- Bom? – ela riu, daquele jeito angelical que só ela sabia fazer. – Isso é maravilhoso! Esplêndido! Estupendo! Eu te amo, cara! Nunca percebeu isso? Porque acha que eu sempre te protegi? Porque acha que sempre te convido para entrar no meu grupo para fazer trabalho?
- M-M-Mas eu sou gago!
- E daí? – ela perguntou. – Não sabe o quanto eu te acho fofo assim! Pensei que nunca notaria o que eu sinto por você. Eu até formulei um plano para me confessar para você, mas sabe como é, os garotos tem que tomar atitude.
Eu sorri feliz, senti meu rosto quente.
- Mas, uma pergunta. – ela me olhou, curiosa. – Porque hoje? Porque agora?
- Dia dos namorados. – respondi rápido para não travar.
Ela corou de novo.
- Então... – ela me olhou, esperando.
Engoli em seco e tomei coragem, meu coração estava acelerado, decerto iria gaguejar, por isso, tive que falar pausadamente.
- Você. Quer. Namorar. Comigo?
- Eu. Quero. Sim! – ela sorriu. – Agora beijamos!
- Hã?! – realmente, ela era mais extrovertida e direta do que pensei.
- Agora nos beijamos! – ela explicou pulando em cima de mim e enlaçando meu pescoço, beijando a minha bochecha.
Depois disso nos olhamos, tão vermelhos quanto duas maças do amor, beijei-a de novo e dessa vez fui correspondido. Ela apertou seu corpo contra o meu, minhas mãos deslizaram calmamente até sua cintura e ficamos ali nos beijamos por vários minutos.
Nem percebi quando o ônibus escolar se foi, pois quando estávamos nos beijando, parecíamos estar em outro mundo, ou melhor, nós dois éramos o mundo um do outro, nada ao redor importava.
Só paramos de nos beijar mesmo, pois a mãe dela apareceu de carro na frente da escola e buzinou. É claro que ficamos envergonhados e muito, principalmente quando a mãe dela gritou:
- Acho bom você ir pedir permissão do pai dela para namorar!
Eu sorri sem graça e também com medo, pois se eu tivesse que fazer isso, com certeza iria gaguejar. O incrível, é que quando ela se afastava consegui dizer normalmente:
- Eu te amo.
Ela virou, abrindo um sorriso angelical e gritou de volta:
- Eu também te amo! – e fez um coração com as mãos, dando tchau em seguida.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Revivendo o Blog!


Kristain: *navegando um dia qualquer pela internet e se deparando com seu blog* EU TENHO UM BLOG!
Pyong: Não! ¬¬ Ele é da Xuxa!
Kristain: Sério? O.o Tem meu nome nele.
Pyong: CLARO QUE É SEU! ò.ó Esqueceu seu blog tanto quanto me esqueceu! Nem me deu comida! EU QUASE MORRI!
Kristain: Poxa, não morreu? ó.ò
Pyong: Ha-ha-ha, engraçadinho. Estou morrendo de rir. ¬¬
Kristain: Ignorando o Pyong agora...
Pyong: Como se você nem gostasse de fazer isso.
Kristain: Pois é! Ignorando o mascote do blog, eis que estou aqui!
Pyong: É mesmo? ¬¬ Eles perceberam!
Kristain: Pyong, por favor, cale a boca. Preciso começar o post.
Pyong: Humf! ù.ú
Kristain: Obrigado! XD
Sério, eu me lembro da época que eu ia comemorar mil visitas ao blog, mas fiquei um tempo sem entrar (por volta de três meses) e bem... Agora tem mais de dois mil acessos! Vocês não imaginam como estou feliz!

Por isso, resolvi dar vida ao blog! Reavivá-lo, quem sabe futuramente estarei mudando seu layout, de qualquer forma, pretendo continuar postando! Resenhas, vídeos, contos ou minicontos, ou como vocês já estão acostumados a ver aqui no blog: contos divididos em partes. Pyong continuará irritando vez ou outra e infelizmente... Irei parar de postar Terrara no blog.
Sim, eu não parei de escrevê-la. Mas não, não irei postar mais no blog. “Porque, Kris?”, vocês devem estar se perguntando.
Pyong: Ninguém está perguntando. XD
Kristain: ¬¬ Imaginando que eles estejam se perguntando isso, eu respondo da seguinte forma...
Terrara está divida em sagas aqui no blog. Primeira Saga: O Leviatã dos Céus. Segunda Saga: A Imperatriz do Reino Miranda. Terceira Saga: A Dama de Branco. E a Quarta Saga, a não concluída no blog: A Batalha de Reysinwald.

Terrara não recebe muitos comentários no blog e nem muitos downloads. Os únicos que continuam a ler os meus textos mesmo, são Tyras e Rafaela, e continuará assim por hora. Afinal, Terrara já tem metade da sua história postada no blog, portanto, já dá para ter uma ideia de como será o livro.

Bem, acho que é só isso que tinha para dizer.

O blog “Kristain?! Hã?!” continuará sendo o blog onde eu estou tentando entender o que quero da minha vida, onde eu posso divulgar meus escritos e tudo isso, enquanto Pyong fica testando minha paciência.
Pyong: Assim você me faz parecer o vilão. ‘-‘
Kristain: E você, não é?
Pyong: Não! u.u
Kristain: Prove!
Pyong: Olha como eu sou fofinho! >.<


Kristain: Duvido que alguém vai cair nessa. ¬¬
Pyong: Quer apostar como o pessoal do seu blog me acha fofo e vão comentar dizendo isso?
Kristain: Quero! Aposto que você que isso não vai acontecer!
Pyong: Vamos ver! u.u
Kristain: u.u Que assim seja!