A Formosa Cantora do Theatro da Paz
escrita
por Edmilson Martins Neto
O
que será transmitido aqui, realmente aconteceu. Só basta a você, acreditar ou
não. Você pode achar que alguma coisa relatada aqui foi obra de algum truque
muito bem feito, mas tenha discernimento para diferencia-las, pois se trata de
um acontecimento do final do século XIX, no auge da Belle Époque.
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Em
Belém do Pará, as coisas estavam agitadas, os homens e mulheres vestiam-se
pomposamente, cartolas, casacas, vestidos cheios de adereços, tudo importado da
França. Afinal, a moda era essa, vestir tudo que vinha de Paris. Não só na
vestimenta, o povo realmente imitava os franceses em tudo, na hora de comer, na
hora de se divertir, na hora de construir monumentos e não era exagero chamar
Belém de Segunda Paris.
A
capital do Pará se revolucionou tanto que em um piscar de olhos, era uma das
mais conhecidas de todo Brasil. Mas é claro, quem mais usufruiu desses costumes
foram os membros da elite. E quando falamos de pessoas ricas, decerto
caracterizamos logo pessoas que tem um padrão de vida despreocupado com o
financeiro e que vivem se divertindo. Deveras, é assim na maioria das vezes. E
uma das mais famosas atrações em Belém eram os teatros, principalmente, o
Theatro da Paz.
Formoso,
era o adjetivo que mais usavam para se referir à construção. E foi neste
formoso local, que se inicia o relato propriamente dito.
Apresentava-se
uma jovem cantora de incomensurável beleza, soprano, aclamada pela crítica.
Seus longos cabelos negros em contraste com seus olhos cor de mel eram
invejados por muitas mulheres, quando seu rosto era estampado no jornal, os
exemplares se esgotavam e quando sua voz aparecia no rádio, todos paravam para
ouvir. Seu nome, Layla Martins, a dona da voz angelical.
E
Jamil Correia, há de concordar com todos os elogios feitos a ela. Ele, um jovem
jornalista, convidado diretamente pelos empresários da cantora para dar uma
crítica agradabilíssima a ela, aceitou prontamente o convite. Não tinha, de
forma alguma, o interesse de dar uma boa crítica para a tal, caso realmente não
se agradasse da apresentação. Porém também, tinha toda certeza que não ia se
decepcionar com a mesma, pois já a ouvira antes.
Na
entrada do Theatro do Paz, o jornalista foi recebido calorosamente pelos
empresários da cantora. Quando finalmente subiu os poucos degraus que dava para
o teatro, com os portões ladeados por estátuas variadas, arrancou um suspiro lá
e acolá de moças nas poltronas. Não era um rapaz de grande porte físico, mas
seus cabelos loiros e olhos azuis já faziam as jovens imaginarem que seria um
estrangeiro cheio de dinheiro. E receber os mais descarados flertes, já se tornara
comum para ele, no entanto ainda não tinha se acostumada com os desdéns delas,
quando ele anunciava que era um jornalista.
Jamil
se dirigiu até as poltronas da frente, apesar de ter vindo duas ou três vezes
no Theatro da Paz, ainda se admirava do tamanho e da elegante arquitetura do
local. Mas logo foi arrancado desses pensamentos quando as cortinas se abriram
e de lá saiu Layla.
Não
demorou para que todos se calassem e comtemplassem a jovem em um exuberante vestido,
que verdejava feito esmeralda recém-polida. A orquestra atrás da cantora se
preparava, enquanto o maestro já agitava sua batuta preparando todos. E quando
Layla e a orquestra começaram a entoar a primeira nota, o relógio de bolso de
Jamil começou a soltar cliques ruidosamente. De forma abrupta, ele sacou seu
relógio e apertou o botão em cima do mesmo, saindo do seu lugar e se retirando
do teatro sem titubear, pois já recebia olhares de desaprovação.
Contudo,
o relógio o estava avisando que devia tomar seu medicamento. Há semanas que
sofria de enxaqueca por causa dos ruídos que a nova máquina impressora do
jornal emitia e, não queria nem um pouco, que as dores voltassem.
Assim
que o jornalista saiu do teatro, espantou-se. O hall de entrada estava vazio,
nem os seguranças podiam ser vistos. Jamil caminhou de um lado para outro,
procurando alguém, mas nada. Avistou uma mesinha que ficava perto das portas da
entrada e em cima do móvel, estavam dois pedaços de borracha. O rapaz não
estranhou de início, a indústria da borracha estava no seu ápice, afinal.
Entretanto, aqueles dois pedaços de borracha tinham formatos estranhos,
pareciam que foram feitos para tampar algo. Pelo tamanho singularmente pequeno,
Jamil deduziu que serviam para tampar as narinas, mas após testar sua teoria
com uma falha direta, percebeu que aquelas borrachas se adaptavam mesmo é aos
ouvidos. E quando os colocou nas suas orelhas, não conseguiu escutar nada.
Imaginou, portanto, que serviam para inibir o som proveniente das apresentações
do teatro.
Mas
quem em sã consciência não iria ter o desejo de ouvir a formosa Layla? O
jornalista ficou tão absorto nessa questão, que voltou para dentro do teatro e
até se esqueceu de tomar seu remédio e de tirar os tampões do ouvido. Só
percebeu mesmo, quando viu a cantora mexendo os lábios e ele nada conseguindo
entender. Estava prestes a tirar os tampões de borracha, quando de repente
notou o que acontecia a sua volta. Os espectadores faziam expressões estúpidas,
alguns homens até babam, enquanto as mulheres estavam com os olhos entreabertos,
balançando a cabeça de um lado para o outro, como se fossem cair de sono a
qualquer momento. Eram como se estivessem vendo uma apresentação enfadonha.
Aquilo
surpreendeu Jamil, ele ficou sem pasmo. Começou a fitar tudo ao redor para ver
se todos estavam assim, mas os seguranças, os quais vigiavam as poltronas,
estavam lúcidos e claramente, usavam tampões de borracha.
Layla
parou de cantar, seu semblante se tornou sério e seu olhar perverso. Ela
estalou os dedos e a orquestra cessou, a cantora jogou seu cabelo para trás e
se retirou do palco, os seguranças apressadamente investiram contra os
espectadores débeis e começaram a roubar-lhes, furtavam carteiras, relógios de
bolso de puro ouro, pulseiras e colares das mulheres, entre várias coisas. O jornalista engoliu seco e escondeu-se atrás
de uma das colunas do local, enquanto via os demais serem saqueados.
Tão
rápido como os seguranças se transformaram em ladrões, o roubo parou. O maestro
agitou a batuta, a orquestra deu uma longa nota final e as cortinas se
fecharam. Todos os espectadores estavam estarrecidos, mas em uníssono começaram
a bater palmas e mais palmas, como se tivessem acabado de presenciar a
apresentação mais maravilhosa de suas vidas.
Jamil
saiu em disparada dali de trás da coluna, foi em direção ao hall com as mãos
entre a cabeça e com os olhos arregalados. Aquilo tudo era utópico, surreal.
Ele não parava de se perguntar o que fora aquilo. Hipnose? Magia? Bruxaria?
Macumba? Seja lá o que fosse, era horrendo e desumano. O rapaz tremia só de
relembrar o que acontecera.
Todavia,
a adrenalina do jornalismo começou a correr em suas veias. Ele viera só para
fazer uma crítica, mas agora tinha uma matéria de primeira página. Um crime a
desvendar e noticiar, isso o deixaria decerto famoso e não teria mais ter que
ouvir os desdéns das moçoilas que sempre o desprezavam. Além do que, ele ainda
ajudaria as pessoas que foram roubadas e que não perceberam isso no teatro.
Sucedeu
que, ele foi de encontro à Layla. Sem dúvida ela tinha grande envolvimento nisso
tudo, a tal é que parecia ter bestificado os espectadores. E quando o jovem
jornalista tirou seus tampões de ouvido e irrompeu o camarim de Layla, ela se
viu chocada, ainda estava só tirando a maquiagem dos seus tênues lábios, ainda
bem que não tivera se despido.
-
Monsiuer? – ela começou docemente,
querendo saber de quem se tratava.
-
Jamil. Jamil Correira. – ele respondeu, direto.
-
Monsiuer Jamil! O jornalista que veio
fazer uma nova crítica. Fui informada da sua presença. O que achou da
apresentação?
-
Mademoseille Layla realmente tem o
dom do canto.
-
Oh! Obrigada. Ainda não me acostumei a ser alvo de elogios tão glamorosos.
-
Entendo, mas queira me desculpar por minha entrada repentina.
-
Estás perdoado. – ela sorriu meigamente.
-
Gostaria de saber como aprendeu a cantar tão bem? Parece até mágico!
Ela
se deteve em responder, porém tornou a falar com o mesmo sorriso de antes:
-
Sim, sim. Grande comparação. Parece até mágico mesmo. – ela riu, constrangida.
– Afinal a música é uma linda magia e persuasiva magia para os humanos. – ele
lhe desferiu um olhar atônito e ela logo se corrigiu: - Digo, para nós,
humanos. Desculpe, é que sou tantas vezes comparada com um anjo, que às vezes
até acredito e esqueço que sou uma mera humana.
-
Entendo, entendo. – ela sorriu, cínico. Era evidente que ela escondia algo, por
isso continuou firme: - Sua canção tem é tão maravilhosa, tão mágica, que
cheguei a pensar que estava outro mundo, me senti tão bobo e fraco, que acho
que qualquer um poderia ter me roubado e eu sequer perceberia.
-
Não creio que seja para tanto. – a cantora franziu a testa, apreensiva.
Jamil
estudou seu jeito e observou cada pormenor do camarim da cantora até notar um
grosso livro sobre uma cadeira no canto da sala. O livro estava debaixo de um
vestido vermelho-vivo e pouco podia ser visto, contudo, as páginas
evidentemente amareladas e a capa negra e desgastada, chamou a atenção do
jornalista.
Quando
a cantora percebeu para onde o homem olhava, tirou seu vestido da cadeira e
puxou o livro junto, mas não o agarrou direito e o livro desabou no chão, sendo
pego por Jamil, que logo examinou sua capa.
-
Com licença! – Layla puxou o livro negro de sua mão o deixando ler apenas parte
uma palavra:
-
“Brux...”? Qual o título do livro?
-
Isso não lhe diz respeito. – a cantora se tornou áspera ao abraçar o livro com
força.
-
Sinto muito, embora eu esteja curiosíssimo de saber do que se trata.
-
É uma fantasia de bruxas, nada mais. Apenas algo para passar meu tempo.
“Bruxaria”,
pensou Jamil, “Então é isso, ela é uma bruxa” Apesar das poucas pistas que
tinha, as quais levavam ele crer que ela era uma bruxa lindíssima com uma voz
sem igual, o rapaz não podia crer que estava imaginando isso, nem podia
acusá-lo de tão absurdo que isso era. Porém, resolveu parar de enrolar, era
tudo ou nada, afinal.
-
De algum modo você hipnotizou todos os espectadores e eles ficaram tão idiotas,
que os seus seguranças roubaram todos com grande facilidade.
-
Não sei do que está falando. – ela se mostrou ofendida.
-
Não minta para mim. Eu vi tudo, Layla!
-
Mas... Mas... Mas eu... Uma moça tão formosa? – ela abriu um sorriso malévolo.
– Eu? Uma mulher idolatrada por centenas de pessoas? Não me acuse desse jeito, Monsieur Jamil. Pode se sair ferido.
-
Ameaça! Mais um crime a acrescentar no seu boletim de ocorrência.
-
Você é um homem muito entendido, Monsiuer
Jamil. – ela abriu seu livro, com o sorriso ainda mais malicioso. – Mas me
diga, é crime usar bruxaria?
-
Hã?!
Ela
riu.
-
É crime usar magia negra?
De
repente a aba do vestido da cantora inflamou. O fogo começou a se espalhar por
sua vestimenta, as labaredas tinham um tom esverdeado sinistro e envolviam a
cantora como se fossem serpentes vivas. Layla lambeu seus lábios e silvou feito
uma cobra, seus olhos se tornaram fendidos como de uma serpente e sua língua se
partiu, tornando-se instantaneamente bifurcada como se fosse a coisa mais
natural do mundo. Ela riu e sua pele ganhou o aspecto escamoso, as chamas
incendiaram seu cabelo e em uma fração de segundos suas madeixas viraram cobras
vivas e verdes, como a da Medusa.
Jamil
recuou, apavorado, agarrando um vidro de perfume na prateleira do camarim,
enquanto Layla continuava com sua metamorfose. Não demorou muito para a cantora
virar uma verdadeira bruxa com suas feições carrancudas e odiosas. Na verdade,
agora ela mais parecia uma mulher serpente em chamas.
-
O quê foi? – perguntou a bruxa com uma voz reptiliana. – Não continuou bela?
-
Se com bela você quer dizer mulher-cobra-horrorosa-pegando-fogo-feito-o-capeta,
sim, você está bela!
Layla
avançou contra o jornalista com as cobras de sua cabeça silvando, famintas.
Ele, por sua vez, atirou o vidro de perfume contra a cara dela e o líquido
inflamou, a cegando por alguns segundos. Segundos que foram suficientes para
ele fugir pelo corredor.
Ele
corria como se estivesse em uma maratona, mas logo ouviu silvos raivosos
seguidos dos palavrões mais feios vindos de trás dele. Virou só para ter
certeza que se tratava de Layla e arrependeu-se. O vestido da cantora já estava
todo queimado e bruxa vinha, literalmente, rastejando na sua direção. Suas
pernas haviam se transformado em uma longa cauda reptiliana e agora, sem
qualquer dúvida, era uma mulher-cobra.
Jamil
se atirou dentro de outro camarim ali no corredor e começou a olhar para todos
os lados, procurando alguma coisa que servisse para ferir aquela bruxa. Mas
estava com tanto medo que mal conseguiu prestar atenção em alguma coisa, só
percebeu um cabide de metal e o pegou, julgando ser sua melhor opção.
Escondeu-se no lado da porta, já com sua arma em mãos e quando Layla irrompeu o
camarim, sibilando furiosa, ele enfiou o cabide na sua cauda com força, a
prensando contra o chão. Ela esbravejou de dor e raiva, porém virou-se a tempo
de ver o rapaz prestes a fugir e o atacou com as garras, rasgando suas casaca e
posteriormente, suas costas.
O
rapaz urrou de dor e foi se arrastando pelo corredor, quase chorando de agonia.
Suas costas não foram completamente dilaceradas graças à sua grossa casaca, mas
as feridas que ganhara lhe causavam uma dor horrível, pareciam estar pegando
fogo de tanta ardência.
Ele
foi engatinhando o mais rápido que pode, ao ouvir o som do metal quebrando
atrás dele, com certeza a mulher-cobra estava solta e já estava no seu encalço.
Jamil
engoliu seco, queria viver, não só pra contar essa história extraordinariamente
sinistra, mas também para casar e pelo menos perder sua virgindade, e até quem
sabe, ter um filho. Ele riu de si mesmo, estava tendo pensamentos um tanto que
fúteis para os últimos momentos de sua vida, mas fazer o quê? Era realmente
tudo que ele mais queria.
No
entanto lhe ocorreu que vira o misterioso livro negro da bruxa cair no chão
quando ele jogou o vidro de perfume na cara dela, o tal livro decerto era a
fonte de seus poderes, pois quando Layla o abriu, se transformou. Ele decidiu
destruí-lo e viu que o camarim da cantora pegava fogo e emitia fumaça, poderia
queimar o livro e assim ficaria vivo e livre de uma bruxa, ou se preferir, uma
mulher-cobra.
Com
toda a adrenalina do grande jornalista que ele era, se colocou de pé e disparou
para o camarim da cantora. Ouviu Layla já atrás dele e adentrou o recinto,
metade do camarim estava em chamas, roupas, prateleiras, tudo estava incendiado.
Jamil notou o livro no chão, aberto e brilhando, e quando o segurou, Layla
apareceu na porta e investiu contra o pobre jornalista, o qual ameaçou jogar o
livro no fogo. A bruxa recuou abruptamente. Jamil soltou um sorriso fraco, mas
vitorioso.
-
Não faça isso... – ela pediu assustada. – Por favor...
-
Um monstro pedindo, por favor. – ele se surpreendeu. – Realmente tocante.
-
Eu lhe imploro. – Layla voltava lentamente a forma humana. – Pense no que
poderia fazer com esse livro, você poderia me controlar, poderia ser meu sócio
nos roubos, eu controlo todos os
seguranças e toda orquestra, eu os hipnotizei, não tem problemas se sermos
descobertos. – ela já estava completamente humana. - Poderia ficar riquíssimo
comigo, junte-se a mim.
Jamil
hesitou por um segundo, todo mundo quer um bom dinheiro, querendo ou não isso
abre grandes oportunidades no mundo capitalista. No entanto saber que subiria
na vida roubando, e ainda por cima com uma bruxa, não era muito animador.
-
Não! Obrigado! Au revoir! - ele
atirou o livro no fogo sem pensar duas vezes.
Assim
que o fogo envolveu o livro, ele eclodiu um clarão verde musgo. O estrondo da
explosão foi forte. Jamil voou para fora do camarim. Layla gritava, sendo
novamente envolvida pelo fogo verde, que dessa vez a queimava seriamente. O
jornalista nem pensou duas vezes e foi embora do Theatro da Paz o mais rápido
que pode.
Os
seguranças no hall estavam atordoados, como se tivessem acabado de acordar de
um transe e realmente tinham, pois a influência da magia de Layla se fora. E
quando eles viram o fogo aumentando para o corredor do teatro, logo chamaram o
corpo de bombeiros, o qual apareceu sem demora, já que se tratava do Theatro da
Paz, um patrimônio artístico e histórico nacional.
Jamil
já estava do lado de fora do teatro, via o corpo de bombeiro agir rapidamente e
sorriu, sorriu feliz, pois ia ter a chance de casar e enfiar fazer uma família.
Mas sorriu mais feliz mesmo, pois tinha uma grande matéria na mão.
Provavelmente o chamariam de louco, afirmando que Layla teria morrido em um
incêndio imprevisto, porém, ele iria tentar mesmo assim.
E
assim correu para o hospital, para tratar de suas feridas, afirmando que tinha
sido acometido por ladrões muito violentos e enquanto as enfermeiras cuidavam
se duas costas, ele já escrevia sua nova e extraordinária matéria sobre a bruxa
Layla, sua transformação, o livro de bruxaria e tudo mais que se lembrava.
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Fictício,
não? Porém todos os documentos achados por mim tornam a história verídica. Sua
escola ensinou que o Theatro da Paz pegou fogo? Imagino que não. Pois é
politicamente incorreto dar ênfase em assuntos escandalosos e pouco racionais
como esse.
Entretanto,
você deve estar se perguntando se Jamil Correia não foi só mais um jornalista
querendo ganhar fama ao criar uma história dessas. É possível, francamente, eu
não sei ao certo. Mas lhe deixo com o benefício da dúvida.
Você
acredita ou não em magia?