terça-feira, 31 de maio de 2011

Enfim, o fim do segundo conto, sim!

Oi, gente! >.< Tá, eu sei, tenho que parar de rimar nos títulos dos post, é que não resisto! *-* Rimar é legal! UHASHUASHUSAHUAS
Mas falando sério...
Trago a vocês o final de "Terrara: O Leviatã dos Céus"!
Espero que tenham gostado realmente desse conto! Alguns quando acabarem de ler realmente vão achar que vai ter continuação e eu admito, deixei sim um gancho para continuação, isso é claro, se o conto for bem aceito.
Alguns que leram devem ter percebido que deixei um ar de mistério no conto "Terrara: Eu Não Vou Me Casar", para uma continuação também, mas sei lá, acho que nesse conto aqui, deixei mais bem na cara o gancho pra continuação.
Mas isso tudo só pra deixar vocês curiosos mesmo! *-*
Obrigado por todos que acompanharam mais esse conto! Também estou deixando para vocês uma possível capa para o conto!
Então é isso! Obrigado por ler! E se gostou, não se esqueça de comentar, ficarei muito agradecido e FELIZ! *-* 
Já ia me esquecendo... também mudei um pouco o estilo do blog, ficou legal? *-*
Espero que sim!
E que assim seja!



Terrara: O Leviatã dos Céus – Parte 6 (Final)

O navio pirata estava despencando, os piratas em si eram arremessados para fora do barco por causa dos poderosos ventos. Barris, caixotes, cordas, tudo estava voando. Até os três amigos agora viam o imenso barco cair mais rápido do que todos ali. Bianca gritava desesperadamente, afinal uma queda daquela altura na água era morte certa. E por incrível que pareça, por conta disso até mesmo os piratas pediam perdão a Palacium, era uma cena um tanto que engraçada, mas naquele momento era difícil rir.
Tyras olhou para o príncipe que estava acima de sua cabeça, esperando que ele fizesse algo. Kristain já estava se preparando para usar alguma magia, mas antes citou:
- Se pássaros podem voar, porque eu não posso tentar? Já que estou disposto a arriscar! Alado!
Um clarão surgiu atrás da costa do príncipe e de lá cresceram asas angelicais, elas eram brancas e emanavam um brilho divino. Neto bateu suas asas ganhando impulso em direção aos amigos, agarrou a mão de Bianca, em seguida a de Tyras e alçou voou com muita dificuldade.
O príncipe cerrava os olhos e batia suas asas, tentando pelo menos se manter no ar, porque subir carregando duas pessoas estava impossível.
- Graças à Palacium! – disse Bianca suspirando.
- Eu não vou aguentar por muito tempo! – disse o príncipe já choramingando.
- Como não?! – espantou-se a garota. – Nós vamos morrer!
- Eu usei quase toda minha magia destruindo a proa do barco! Por isso não vou aguentar muito tempo, além disso, vocês dois são pesados! – o príncipe começou a perder altitude, mas com seu último esforço bateu as asas mais uma vez. – Tyras! Use alguma magia de levitação!
- Eu não sei tal de tipo de magia, Milorde!
- Bianca! E você?
- Eu sei... – ela disse timidamente.
- Então usa em nós três, temos que levitar!
- Mas...
- Você só sabe usar em si mesma, não é? – o príncipe choramingava mais ainda.
- É...
De repente as asas angelicais de Kristain desapareceram em um amontoado de penas que esvoaçaram para todos os lados. Os três continuaram caindo e Bianca, como de costume, se pôs a gritar.
- Bianca! Usa a magia de levitação mesmo assim! – berrou Tyras, tentando falar mais alto que a moça.
- Mas só que—
- Usa! Eu tenho um plano!
O atirador pegou o braço da garota e com sua força a impulsionou, jogando-a para baixo, fazendo a garota cair mais rápido. O príncipe arregalou os olhos, atônito, Tyras estava louco? Iria mata-la.
Ou pelo menos era o que ele achava.
- Oacativel! – foi o que Moura gritou, cerrando seus olhos.
Uma esfera começou a se formar ao redor de Bianca, a esfera tinha um tom azulado, além disso, era transparente. E quando esta envolveu completamente a garota, parou. Ficou pairando ali, em pleno ar.
Tyras caiu em cima da esfera, fazendo a mesma descer um pouco, contudo conseguiu ficar em cima. Demorou um pouco para ele conseguir se equilibrar, mas quando conseguiu o Príncipe Kristain desabou em cima da esfera também. Neto tivera caído de bruços na esfera, estava escorregando, afinal não tinha aonde se segurar. Todavia o atirador agarrou a mão de seu amigo e o puxou para cima da esfera novamente.
O príncipe parecia meio tonto, quase desacordado. Também pudera. Havia gastado muita magia, seu corpo já não tinha tanta energia como antes. Se ousasse lançar alguma magia nesse estado, com certeza desmaiaria.
Entretanto Tyras não estava tão preocupa com isso, afinal tinham destruído o Leviatã dos Céus. Tinham ganhado. Sabia que seu amigo agora teria um bom descanso. O que lhe preocupava mesmo era se Bianca conseguiria manter aquela magia de levitação até eles pousarem em segurança na água.
A jovem Moura mantinha as mãos sempre tocando a esfera pelo lado de dentro. Mantendo a magia estática, fazendo a esfera descer vagarosamente. Seus olhos acastanhados observavam o príncipe a cima de sua cabeça, realmente o mesmo parecia cansado. Mas quando ele percebeu que a garota o olhava, sorriu. Um sorriso sereno e sincero que fez Bianca ruborizar e olhar para baixo.
Nesse rápido movimento, ela pode ver o navio pirata, o Leviatã dos Céus caindo no oceano e se estilhaçando em milhares de pedaços como se tivesse caído em terra dura. Os pedaços daquele navio que antes voava, agora flutuavam pelo vasto mar.
Os piratas caíam também, um a um despencavam no mar, afundavam e... não voltavam.
Mas o Capitão Pow estava ali no céu ainda, agora a exatos cem metros do mar. Seus olhos já viam a foice da morte preste a tirar sua vida, mas Powtiwick era um pirata, não podia se deixar abalar por aquilo. Sabia muito bem que as chances de ele sobreviver àquela queda eram mínimas e mesmo que sobrevivesse, os tubarões viriam atrás dele. O ferimento que Tyras tinha lhe causando na cintura sangrava muito, o cheiro deste não ia passar despercebido pelos tubarões sedentos por carne.
Então o capitão pirata puxou a manga de seu sobretudo, deixando todo seu braço esquerdo à amostra. A estranha tatuagem circular em volta de ondas começou a brilhar. Emanava um brilho dourado, brilhava intensamente.
Feixes de luz começaram a sair da tatuagem, mas estes pareciam ter ganhado vida. Pareciam serpentes douradas que cada vez mais aumentavam de tamanho, ficavam mais grosas e mais longas, sempre crescendo em direção ao mar.
Quando tocaram nas águas, aqueles feixes dourados começaram a se enroscar junto ao mar. Estavam se enrolando com água e com isso seu brilho começou a irradiar com mais intensidade.
 O capitão pirata gargalhava e antes que pudesse cair no mar, conjurou sua então magia, berrando com toda sua força:
- INVOCAÇÃO MÍSTICA! LEVIATÃ!
O brilho dos feixes eclodiu em um clarão que cegou todos os que estavam por perto. Mas o clarão foi o anúncio para o estava preste acontecer.
Uma gigantesca boca se ergueu do mar, ela se abriu em direção ao capitão pirata deixando à amostra suas inúmeras fileiras de dentes pontiagudos. Aquela boca parecia ser de um jacaré ou algo tipo, era tão sinistra que causava pavor só de vê-la. Tinha o tamanho de um barco, era imensa e se só a boca era daquele tamanho, imagine o tamanho daquele ser inteiro.
Mas o mais intrigante para os três amigos que viam aquela cena horrenda, foi quando aquela enorme boca abocanhou o Powtiwick sem pensar duas vezes e submergiu como se nada tivesse acontecido.
Os três amigos ficaram calados, foi uma cena muito bizarra, a própria invocação tinha devorado o invocador.
Bianca que ficou intrigada com a cena se esqueceu completamente da sua magia. Fazendo a esfera se romper e os três despencarem sobre a água. Por sorte eles estavam prestes a pousar sobre a água e não sentiram o impacto da queda.
Os três amigos ficaram todo encharcados, mas nenhum deles havia falado nada sobre a queda que Bianca tinha os feito ter. Ainda receavam estar no mar, acabaram de ter visto um enorme monstro engolir o capitão pirata como se fosse uma mosca, porque seria diferente com eles?
- Tyras... – começou o príncipe. – Far-te-ei uma pergunta.
- Sim, Milorde.
- Nosso objetivo era destruir o Leviatã dos Céus e o concluímos. Então acabou, não é mesmo?
- Creio que sim, Milorde. Mas ainda não entendo o porquê do suicídio de Powtiwick.
- Nem eu, meu amigo.
- Peço que me perdoem, mas... – disse Bianca. – Eu não quero saber por que Powtiwick se matou e sim sair dessa água o mais rápido possível.
- Concordo, Bianca. – o príncipe sorriu. – Afinal... existem coisas ocultas que é melhor do deixar do jeito que estão, ocultas.
Tyras riu da frase do amigo, mas nada disse, pois viu uma pequena embarcação se aproximando e lá na proa estava um homem de tapa-olho. Capitão Tributos é claro. Aquele velho homem deu um sorriso de uma orelha a outra, seus salvadores estavam salvos.
- Graças a Palacium. – disse o capitão que em seguida mandou sua tripulação jogar cordas para puxar os náufragos.
Quando os três amigos foram puxados para dentro do barco, foram recebidos com palmas e mais palmas. Algumas pessoas vinham abraçar pessoalmente seus salvadores, outras apertavam as mãos deles e lhes rogavam benções diante Palacium. Outros passageiros queriam dar algumas moedas de ouro para os salvadores, mas estes declinaram tal recompensa.
Demorou um pouco até aquele aglomerado passar. As pessoas queriam festejar aquele momento, mas o Capitão Tributos mandou que todos se acalmassem. Eles iriam voltar para o Continente Familial, mas especificamente para o Reino Kristain, pois o barco tinha que receber reparos e quem quisesse prosseguir com a viagem, o capitão os levaria sem cobrar nada.
Foi outro momento de alegria para todos os passageiros.
O pequeno barco deu meia-volta e eles continuaram a voltar. A volta demoraria mais, pois eles estavam sem o mastro. Mas parecia que os passageiros estavam bem, felizes e despreocupados por seus salvadores estarem ali com ele.
A noite caía e todos estavam se acomodando. Tyras estava sentado sobre alguns barris e limpava suas armas que tinha acabado de invocar. O Príncipe Kristain estava sentado junto ao costado, só descansando, recuperando sua magia perdida.
- Cansado, meu caro? – perguntou Tributos que estava em pé do lado do príncipe, contudo estava fitando o mar.
- Nada que uma boa noite de sono não resolva. – Neto sorriu.
- É difícil ter uma boa noite de sono em um barco.
- De fato. – o príncipe riu, mas vendo a seriedade que o capitão olhava para o mar, perguntou: - Capitão Tributos, você parece apreciar bastante o mar e admito sua coragem por ser um capitão. Suponho que seja bastante discriminado por ter uma embarcação, ainda mais uma que navega os oceanos de Terrara. Mas uma coisa me deixa curioso, apesar de tudo isso, porque ainda sim quer ser um capitão? Porque veio para o mar?
- Ah meu caro, eu sempre amei as águas desde criança, meu sonho sempre foi velejar pelos mares de Terrara, vendo as maravilhas que ele proporciona. E não só isso, queria também amostrar isso aos outros, mostrar como o mar é lindo. Mas desde que os piratas apareceram isso nunca mais foi possível e os mares de Terrara começaram a ser temidos. O meu maior sonho é que um dia todos possam ver o quão maravilhoso são as águas de Terrara, que um dia os piratas não existam mais.
- Entendo, é um lindo sonho.
- Mas me diga... Powtiwick foi morto?
- Não sei ao certo, creio que sim. O mesmo fora engolido pelo Leviatã.
O capitão arregalou os olhos e depois suspirou decepcionado.
- Ele voltará.
- Hã?!
- Powtiwick é da Família Jones, Leviatã é seu bichinho de estimação. Ele com certeza está vivo e voltará, mas o pior de tudo, voltará com o Leviatã dos Céus.
- Espera, Capitão Tributos! – o príncipe tinha um semblante de preocupação. – Estás a dizer que a Família Jones é uma família mágica? Ou seja, que habita o Continente Familial?
- Sim, meu caro. Poucos sabem sobre a existência deles, dizem que eles são do Reino Obi. E tem a habilidade de invocar seres monstruosos com uma marca de nascença no braço esquerdo, bem parecida com uma tatuagem.
Agora tudo fazia sentido, Powtiwick não havia se suicidado. Como poderia já que ele mesmo invocou o tal Leviatã? Seria tolice pensar tal coisa, ele o invocou para salvar sua vida, com certeza.
Neto se sentia um idiota agora por achar que o capitão pirata tinha se matado. Tyras ouvia toda aquela conversa, mas sabia o próximo passo a ser feito. O atirador não conhecia a Família Jones, o príncipe muito menos. E só havia um lugar que eles poderiam encontrar qualquer informação que quisessem.
- Qual nossa próxima parada, Milorde?
- Reino Miranda.
- Como eu presumia. – o amigo do príncipe sorriu. – Iremos para a biblioteca mágica do Reino Miranda, não é mesmo?
- Sim. Nada mais lógico. Afinal iremos para a biblioteca mágica, investigar sobre uma família mágica no reino mágico.
O atirador se pôs a rir.
- Deveras, Milorde. Mas uma pequena pergunta. Mileide Bianca irá conosco?
- “Mileide”?! – o príncipe ficou todo vermelho. – Não se precipite tanto, Tyras!
- Mil desculpas. Achei que serei um título adequado já que a mesma sempre ficou ao seu lado durante a batalha. E—
- Sobre o que conversam? – Bianca chegara no momento certo, mas perguntou aquilo inocente, não sabendo mesmo do que se tratava a pergunta.
- Com licença. – disse o Capitão Tributos se retirando.
- Bem... tenho que lustrar meu rifle. Com sua licença, Vossa Majestade. – Tyras se retirou rapidamente.
Bianca ficou sem entender nada, ainda mais pelo fato de o príncipe estar todo corado.
- Se importa, Sua Alteza? – ela perguntou apontando o chão do lado dele.
- Não. Sente-se...
E assim a garota fez, eles ficaram em silêncio por um bom tempo. O príncipe ficava esfregando suas mãos, a garota ficava mexendo na sua franja e nenhum dos dois tomava a inciativa de nada. Até que Neto quebrou o gelo:
- Continuara sua viagem rumo ao outro continente?
- Não, Sua Alteza. Resolvi ficar no Continente Familial mesmo. Sua Alteza me fez perceber que existem pessoas puras e sinceras lá. Além disso, se o Reino Kristain recebe-lo como rei, será uma imensa honra dizer que o conheci pessoalmente. – a morena se mantinha de cabeça baixa, fitando suas mãos, envergonhada. – Mas sabe... para onde Sua Alteza irá agora?
- Para o Reino Miranda.
- Hum... é bem longe para mim. – ela disse colocando sua mão ao lado da do príncipe.
- Bianca... – o príncipe agarrou sua mão. – Obrigado por tudo que você fez hoje.
- Não sou digna do seu agradecimento, Sua Alteza! – a moça ficou ofegante repentinamente, era como se uma onde de calor tivesse percorrido todo seu corpo após o toque do príncipe.
- Espero um dia reencontrar você.
- Digo o mesmo. – ela apertou a mão do rapaz com mais força.
A garota sabia que ele não a beijaria ali, na frente de um monte de pessoas, seria uma tremenda falta de respeito. Todavia ela se surpreendeu ao ver sua mão ser puxada e o príncipe depositar um pequeno beijo ali, fazendo a moça ruborizar mais ainda enquanto sentia os lábios na sua pele.
Esse foi o ápice daquela noite, pois nas horas seguintes os dois não pronunciaram sequer uma palavra. Bianca pousou sua cabeça sobre o ombro dele e o mesmo em seguida sobre a cabeça dela. Eles ficavam brincando com suas mãos entrelaçadas e apertando mais ainda com os dedos, até que enfim adormeceram juntos, dormindo serenamente durante aquela longa viagem.

Já bem longe dali, em algum lugar do oceano de Terrara. Havia uma criatura colossal flutuando sobre a água, suas feições estavam escondidas pela escuridão da noite, já que a lua também estava encoberta pelas nuvens. Mas uma coisa era certa, aquele monstro estava de boca aberta e exalava um odor repugnante.
Contudo as nuvens começavam a se dissipar e os raios lunares acertavam a boca daquele monstro. E lá estava... Powtiwick. Bem no meio daquela enorme boca, em pé sobre uma gigantesca língua. O Capitão Pow estava rodeado por milhares de pedaços de madeira, com certeza os restos do Leviatã dos Céus. O pirata havia invocado aquela fera tanto para salvar sua vida, como para salvar seu barco. E agora estava ali, com um semblante sério, mas com um objetivo, o qual gritara aos céus:
- Eu voltarei, Neto Kristain! Eu e o Leviatã dos Céus! E dessa vez acabarei com você, com seu amigo e com qualquer pessoa que esteja ao seu lado!
FIM

Nenhum comentário:

Postar um comentário