sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Queda do Leviatã!

Oi, pessoal!
Posso ter demorado um pouco, mas estou trazendo mais um parte do conto para vocês! A maior até agora, está com mais de duas mil palavras! E sim, ficou grande porque eu acho que já estou prolongando demais esse conto! Eu realmente queria ter terminado com cinco partes, mas o final ia ficar gigante demais, por isso estou querendo acabar com seis partes, ou no máximo sete!
E bem, espero que gostem dessa parte, achei bastante divertido escrevê-la mesmo! Eu viajei legal! HASHASUUHASUHAS E comentem!
Que Assim Seja!



Terrara: O Leviatã dos Céus – Parte 5

De repente o navio pirata começou a se mover, as velas do grande barco haviam se estufado com os fortes ventos vindos do mar, o barco se vagarosamente para frente. Os piratas que estavam no barco menor começaram a pular desesperados para o Leviatã dos Céus, pois sabiam que o mesmo estava partindo rumo aos céus.
Os passageiros do pequeno barco finalmente suspiravam aliviados, o navio pirata começava a levitar no ar e subia cada vez mais em direção as nuvens. Estavam salvos, isso era evidente, mas o Capitão Tributos ainda mantinha seus olhos fixos no navio pirata, os seus salvadores estavam lá, dentro dele. O idoso capitão bufou indignado, sabia que aqueles três iriam morrer, afinal eram três contra uma tripulação inteira. Mas agora só restava rogar a Palacium pelo bem deles.
No Leviatã dos Céus a situação era tensa, o Capitão Pow havia saído da proa e andava vagarosamente ao lado do costado do barco. Os demais piratas saíram do caminho do seu capitão, pareciam que tinham sumido completamente quando o capitão tivera sacado seu sabre.
Os três amigos ficaram abalados, não com o capitão, mas como o fato de estarem voando em um barco. Bianca correu para o costado e engoliu seco em seguida, o mar que outrora eles flutuavam, agora estava a quilômetros de distância abaixo deles.
O Leviatã dos Céus parecia trêmulo, mas era de esperar, afinal seu mastro tinha sido destruído, sua vela maior caíra e agora apenas seis velas menores sustentavam o navio no ar. Mas isso ainda era surreal, devia existir algum segredo por detrás daquele voo.
- Eu me pergunto... a que devo a visita de intrusos no meu navio? – se manifestou o Capitão Pow, deixando a ponta de seu sabre deslizar pelo chão, arranhando-o.
- Não se faça de desentendido, Powtiwick. – retrucou Tyras, espalmando novamente suas mãos, fazendo o rifle desaparecer e as duas pistolas reaparecerem.
- Ainda tem a ousadia de questionar o porquê, não esperava menos de um pirata. – Kristain se mantinha sério com o florete em mãos. – Sua tripulação é acusada de furto, estupro e assassinato.
- É mesmo? Mas convenhamos, não vejo porque a surpresa, somos piratas afinal, não somos? – o capitão começou a rir junto com sua tripulação que via a cena de longe.
- Maldito! – o príncipe avançou contra o pirata.
Porém o capitão só fez um rápido movimento com a espada, desarmando o Kristain e pisando em seu peito, o jogando para trás, fazendo-o cair de bunda no chão. O florete que girava em pleno ar caiu entre as pernas do príncipe e o Capitão Pow olhou atentamente para o rapaz a sua frente, dizendo:
- Quem és tu para me chamar assim? Ó príncipe desgraçado!
Neto franziu seu cenho.
- Não ouse dirigir a palavra a mim como se fosse superior! – continuou Powtiwick. – Um príncipe que foi isento do seu cargo real também faz parte da escória desse mundo!
O capitão pirata começou a passear pelo barco. Sempre olhando para os três intrusos no barco e rindo da cara de raiva do príncipe.
- Sabe... eu não entendo como vocês pensarem que podiam destruir o Leviatã dos Céus. É muita ingenuidade. – o capitão riu.
- Não é todo dia que vemos um barco voador, ainda mais um barco pirata. – pronunciou-se Tyras. – Mas a questão mais curiosa aqui é como o barco voa. Suponho que seja algum pacto com Kisara.
- Tolo! Não abdicaria de parte da minha vida para fazer um barco voar. E é por isso que ninguém entende como o Leviatã dos Céus voa. Todavia eu me julgo inteligente por esse grande feito. Eu construí este navio com Mamoku, a madeira mágica do Continente Ocigam. Afinal... alguém alguma vez imaginou usá-la desse jeito? Suponho que não! Por isso sou o pirata mais famoso de toda Terrara! O qual tem um barco voador!
- Vejo que modéstia é o que não lhe falta... – Bianca sem querer pensou alto demais.
Os olhos do capitão pegaram fogo cheio de indignação, fazendo este investir contra a garota sem pensar duas vezes.
Kristain se jogou na frente da garota. Tyras por sua vez pulou da popa, murmurando:
- Zedipar!
O sangue do atirador começou a circular mais rápido, dando ao homem uma velocidade surreal. Ele chutou o sabre do pirata para longe e quando pisou no chão, fez este de trampolim e deu um salto mortal bem ali, chutando com toda força a cara de Powtiwick e que rebolou em direção aos caixotes. Mas como se não bastasse o capitão pirata se ergueu do chão com um súbito salto e correu em direção a Tyras.
O amigo do príncipe mirou suas pistolas para o capitão, disparando uma sequência de balas que nem sequer acertavam no pirata, pois o Capitão Pow tivera se jogado para a esquerda, pegado seu sabre novamente e em seguida arremessado sobre o atirador.
Nem mesmo a velocidade surreal de Tyras era páreo para o capitão, pois o atirador mal defendera do sabre que quase lhe arrancou a cabeça e o capitão já tinha lhe desferido uma joelhada na barriga, gritando:
- POW!
Tamanha fora a força daquele ataque que Tyras cuspiu sangue. O capitão começava a gargalhar, pois a vitória para ele era evidente, mas ele subestimava seus inimigos demais.
Tyras agarrou a perna do capitão e começou a girar junto com ele, quando ganhou impulso arremessou o pirata para o alto, mirou sua pistola para o mesmo, conjurando:
- Hidro-Bomba!
A bala acertou exatamente no quadril do capitão, o atravessando, mas em seguida liberou uma enxurrada de água que fez o pirata voar para o outro lado do navio, todo molhado.
- Milorde! Destrua todas as velas!
- Hã?! Mas Tyras...
- Zepidar! – conjurou o atirador, reativando sua magia.
Ele precisava daquela velocidade sobre-humana para poder confrontar Powtiwick, mas manter aquela magia por muito tempo causava fadiga e ele sabia muito bem disso. Pois começava a ofegar aos poucos. Mas foi um ato sensato, já que no momento seguinte o capitão pirata veio de encontro à Tyras, completamente furioso. Era difícil para o amigo do príncipe manter um combate a curta distancia, mas precisava dar tempo ao seu amigo.
Kristain ainda estava confuso. Powtiwick mesmo tinha tido que era a madeira mágica que fazia o barco voar, então porque Tyras queria que ele destruísse todas as velas? Não fazia o menor sentido. O príncipe percorria os olhos pelas velas e tentava imaginar o plano de Tyras, observou todas as velas menores até a última, que estava pertinho da proa, logo acima dos dois canhões.
Então tudo ficou claro na cabeça do príncipe, realmente seu amigo não deixava nenhum detalhe despercebido, agora entendia o porquê daquele plano.
Agarrou a mão de Bianca e a puxou, correndo para a popa.
Enquanto Tyras defendia os rápidos ataques do capitão, este gritava:
- Idiota! Não ouvia a parte que eu disse que a madeira faz o barco voar, não as velas?!
- Ouvi muito bem e agradeço por essa grande informação!
O atirador tentou chutar o capitão pirata, mas este recuou e achou muito estranho a atitude daqueles intrusos, com certeza deviam ter um plano, por isso gritou para os seus capangas:
- Atrás do príncipe e da garota! Matem-nos!
Os piratas obedeceram de prontidão e correram para a popa. Tyras quase conseguiu dar um tiro no capitão, mas este foi de encontro a ele, diminuindo a distancia e o impossibilitando de atirar, pois logo começaram a combater novamente.
Enquanto isso, Neto lá na popa se jogou sobre o chão, deitando e sacando seu arco.
- Me protege, Bianca.
A garota nem teve tempo de responder alguma coisa, pois o príncipe colocou seu arco na horizontal e apoio nos seus pés, puxando a corda do arco com as duas mãos. Uma flecha se formou no arco, contudo, diferente de todas as outras, esta era mais grossa e brilhava intensamente. Já era de se esperar, já que o príncipe estava concentrando toda sua magia naquele ataque. Puxava cada vez mais a corda e a flecha aumentava gradativamente, acumulando a magia branca nela.
Um grupo de piratas correu para impedirem o príncipe, contudo Bianca tinha o dever de protegê-lo. Ela tinha que fazer mesmo não sabendo como, se meteu na frente do príncipe e erguendo suas mãos, conjurou:
- Hocus Pocus!
Uma projeção convexa de cor anil se formou na frente da mesma. Quando os piratas a atacaram com suas espadas, estas voaram para longe. Entretanto eles não estavam dispostos a desistir, começaram a socar aquele escudo com toda sua fúria. Eles gritavam também, o que só causou mais pânico por parte de Bianca que cerrava os olhos com medo. Mas ela tinha que agir, uma hora sua magia iria acabar. Então no ápice do seu desespero, berrou:
- Repulsão Máxima!
Os piratas grudaram no escudo azulado como se tivessem sido puxados por imãs gigantes e no momento seguinte foram jogadas por uma forte onda que o escudo emitia. Alguns piratas voaram tão longe que chegaram a sair do barco, para a queda-livre em direção ao mar. Mas Bianca suspirou aliviada.
- Com licença! – pediu o príncipe que segurava a poderosa flecha no arco.
A garota assentiu e se manteve longe. Neto ergueu-se suas pernas, juntamente com o arco e mirou para as velas. Suas pernas não estavam muito altas, nem muito baixas, estavam na medida ideal para o efeito que ele queria.
Enfim soltou a corda do arco, dizendo:
- Balista Celestial!
A enorme flecha condensada de magia branca irrompeu o navio pirata, atravessando as seis velas menores em um piscar de olhos, as velas ficaram com um buraco imenso. Mas à medida que a flecha ia atravessando as velas, ela ia fazendo uma pequena curvatura, a qual lhe deu uma trajetória no formato de parábola, sendo que seu ponto final foi a proa. Aonde acertou os barris de pólvora do lado dos canhões que causaram uma explosão que eclodiu sobre toda a proa do barco. Estrondo fora muito alto, os estilhaços de madeira voavam e quando a fumaça começava a se dissipar, o estrago pode ser visto.
A frente do Leviatã dos Céus não mais existia.
Finalmente o barco ficou estagnado no ar. O capitão Pow se separou de Tyras e olhou incrédulo para o estrago em seu barco. Eles tinham destruído completamente a proa.
- Parabéns, Milorde! Bianca! – parabenizou Tyras, sorrindo de canto.
O navio pirata começou a tremer mais do que de costume e então o Capitão Pow desferiu um olhar fuzilante para os intrusos.
- Vocês pararam o Leviatã dos Céus...
- Sinceramente no começo eu fiquei confuso, quando Tyras me mandou destruir as velas eu não entendi o porquê, mas depois tudo ficou claro na minha cabeça. – comentou o príncipe.
- Como você mesmo disse, Powtiwick. A madeira faz o barco voar. – riu Tyras. – Quando destruímos o barco e você alçou voou mesmo assim, pude perceber que o barco estava trêmulo, afinal destruímos um pouco da madeira, não tudo claro, pois só destruímos o mastro. Mas pude perceber que a falta da madeira do mastro abalou todo o barco.
- Então se destruíssemos uma grande porção do barco toda estrutura seria abalada, é isso? – questionou Bianca.
- Claro. – afirmou Neto. – Pois toda a madeira do barco está interligada e fazendo-o voar. Então quando o Tyras me mandou destruir as velas, ele já havia percebido que a vela menor lá da frente do navio, ficava embaixo da proa, aonde estavam os canhões juntamente com os barris de pólvora.
Bianca ficou impressionada com todo aquele intelecto, mas ficou curiosa por uma coisa:
- Bem... já que destruímos a proa, ou seja, uma grande parte do navio, uma grande porção de madeira, o barco irá parar de voar agora, não é? Nós vamos cair, estou certa?
- Tyras... você sabia dessa parte, não é mesmo? – Kristain perguntou, totalmente sem expressão.
- Na vida temos que fazer sacrifícios, não é mesmo, Milorde? – Tyras riu sem graça.
- IDIOTAS! – berrou o capitão pirata.
E o Leviatã dos Céus, ou pelo menos o que sobrara dele, começou a despencar do céu, perdendo altitude rapidamente.
Continua...

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