terça-feira, 17 de maio de 2011

O Leviatã dos Céus Aparece!

Bateu inspiração e aqui estou eu, trazendo a vocês a continuação do segundo conto do blog! >.<
E como posso explicar a rapidez? Sei lá, hoje a tarde fiquei em casa estudando pra prova de matemática amanhã e de repente veio uma inspiração repentina e quando comecei a escrever foi! Saiu isso.
Espero que vocês gostem e comentem! E que assim seja!



Terrara: O Leviatã dos Céus – Parte 2

Era manhã do terceiro dia, o clima estava muito ensolarado, tão quente que os passageiros procuravam o maior pedaço de sombra possível para se abrigarem dos raios do astro-rei. A viagem realmente era cansativa, ou melhor dizendo, enjoativa, já que as marolas do vasto mar batiam no barco, lhe dando um balando repetitivo de revirar o estômago.
O príncipe, Neto Kristain, se absteve de sua capa por conta do calor, finalmente revelando seu rosto. Tinha o rosto jovial e não aparentava ter mais do que vinte anos, seus cabelos negros como a noite realçavam seus olhos cinzentos, mas brilhantes como de qualquer outro Kristain. O rapaz estava a estibordo e suspirava, entediado com a longa viagem.
Todavia uma bela jovem se aproximou do mesmo, um tanto que curiosa:
- És Neto Kristain? O príncipe desgraçado?
O moreno sentiu como se uma faca atravessasse seu peito, mas respirou fundo antes de dar qualquer resposta. Afinal ele sabia muito bem que sua má fama havia se espalhado por todo reino.
- Já ouvi falar muito de Sua Alteza. – continuou a jovem. – Eu sei que todos da realeza de seu reino têm os cabelos brancos, só Sua Alteza que nasceu com madeixas morenas e por isso é discriminado. Todavia eu tenho um grande respeito e admiração por sua pessoa. – ela ajeitava incessantemente a franja de seu longo cabelo escuro. – E se permite dizer, é dono de um grande charme, Sua Alteza.
A face do príncipe ficou como um rubi recém-polido de tão vermelha.
- Qua-qua-qual seu nome?! – o príncipe não conseguia controlar sua gagueira.
 Até tinha aumento o tom de voz, mas em seguida se desculpou. De fato estava nervoso, mas porque não estaria? Não era todo dia que uma linda moça vinha de encontro a um príncipe renegado.
- Os mais íntimos me chamam de Bianca. – ela continuava mexendo na sua franja.
- Bianca?! É um lindo nome! – ele não conseguia controlar seu tom de voz alto.
- Obrigado. É uma honra viajar no mesmo barco com Sua Alteza. – a moça também corou.
Tyras ao longe ficou vendo a situação do amigo, a qual ele achou cômica, era incrível que quando o assunto era mulher, seu amigo era extremamente tímido. Talvez fosse pelo fato de toda garota se distanciar dele ao saber que o mesmo era um Kristain de cabelos negros.
Mas subitamente Tyras se levantou e olhou rumo ao céu como se tivesse sentindo algo. E de repente um estrondo a estibordo.
Algo havia se chocado na água e uma coluna de água duas vezes maior do que o barco se levantou, despencando sobre Neto e Bianca, os enxergando por completo. A moça começou a tossir água e o príncipe sem demora tirou-a da beira do barco.
- Coloquem as velas a sota-vento! – berrou o capitão Tributos para sua tripulação e esta começou a virar as velas com grande desespero.
- O quê?! Vamos voltar?! – gritou Neto, alisando as costas de Bianca para a mesma se recuperar.
- Mas é claro! Não estamos muito longe do Reino Kristain, ainda temos uma chance de chegarmos vivos ao litoral, mesmo que sejamos completamente saqueados... – o capitão foi diminuindo sua voz, deixando o final de sua frase quase inaudível.
- Mas...
- Acalme-se, Milorde. – disse Tyras. – É ele.
- Então quer dizer que é o...
O príncipe mal acabara de falar e se ouvira outro estrondo, seguido de uma grande explosão, o mastro do barco havia sido completamente destruído, os estilhaços de madeira voavam para todos os lados e o barco agora se o tornara imóvel. Os ventos do impacto foram tão fortes que arrancaram o manto de Tyras como se fosse um pedaço de papel. Os demais passageiros começaram a entrar em pânico.
- Definitivamente são canhões atirando! – exclamou Neto.
- Canhões?! Mas aonde?! – Bianca olhava para todos os lados, mas só via água e mais água, não tinha um barco sequer.
Então Tyras percorreu seus olhos acastanhados através do céu e pode perceber dois rastros de fumaça, quase se dissipando por completo, com certeza deviam ser dos dois disparos de agora a pouco. O amigo do príncipe usava um sobretudo com o brasão de sua família estampado também, Tyras estava sério e seu cabelo em um corte militar lhe dava um ar imponente.
- Prepare-se para a batalha, Milorde!
Neto também elevou seu olhar ao céu e pode ver alguma coisa na coloração castanha sair de dentro das nuvens. De repente aquele objeto foi descendo cada vez mais e amostrando o que realmente era.
Um navio, um barco de grande porte feito de um tipo de madeira que parecia reluzir aos raios solares estava voando ao longe. A sua vela era preta e tipicamente estampada com uma caveira humana, anunciando seu domínio pirata. O gigantesco barco parecia estar pairando no céu, todavia estava gradativamente descendo rumo ao mar, para que seus tripulantes pudessem efetuar mais um saque.
Todos no pequeno barco estavam extasiados com a visão surreal, a não ser Tyras e Neto, sendo este último o que disse o nome de tal barco voador:
- O Leviatã dos Céus.
Continua...

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